terça-feira, 23 de junho de 2009

Velha infância


Quando eu era criança, eu andava mesmo era sem jeito, não sabia parar quieta, nem esconder meus maus feitos.
A minha rua, digo minha porque era minha mesmo, minha e da minha irmã, e ai de quem dissesse que não, RS... Embora pequenininha, mais parecia imensidão. Na verdade ela era o interior, o interior de nossa imaginação. Hora estávamos numa ilha deserta, outra o deserto do Saara, e logo logo chegávamos a beverly hills, e nossas biks eram potentes motos que nos levavam as mais badaladas festas do momento.
Maravilhoso o caldo de cana, servido pela minha irmã em seu magnífico carrinho de mão feito exclusivamente para ela pelo nosso avô Jorjão...
Era tempo de macaco, macaco era como chamavam o nosso bando. Bando porque tínhamos a incrível facilidade de nos multiplicar em frações de segundos, feito mágica mesmo! E nunca andávamos a sós. Andávamos por cima das arvores, por cima dos muros, dos telhados, por baixo de carros, e por entre as grades das casas, as quais estavam sempre dispostas a nos receber. Ninguém, mais ninguém, nos desconhecia, nem o tesoureiro, nem o maluco do: “tem pãããooo, tem cuuuumidaaa”, nem o entregador de carta, muito menos o pipoqueiro, hehe, esse sofreu na nossa mão! Porém lucrou muito também quando dava a sorte de Sr. Edilson estar.
Tinha dona Lindaura, o menino maluquinho, a ilha do macaco Ricardo, e o nosso vizinho gordinho...
Era tanta diversão dentro do Beco da Bulcão!
Aaahh... Dá até vontade de voltar no tempo. É que naquele tempo, agente nem tinha tempo de pensar em tempo, agente tinha tempo pra tudo, e o tempo não dava pra nada diante de tudo que agente queria num espaço tão curto de tempo.
Parece meio confuso, mas faz tanto sentido. O dia parecia ter mais de 24h. Dava tempo de ir à escola, de ir para natação, dentista, balé, ir para rua brincar, ir comprar pão, fazer a lição de casa, tomar banho, voltar correndo pra rua, ou ver televisão, ir para casa dos outros, ou para nossa casa no prédio, RS... Chegar em casa de noite, brincar mais um pouco, ouvir e contar historia, ser mimada pela vovó, brincar com o Palhaço Sol, fazer nossas orações, e finalmente se jogar debaixo dos lençóis. Dá um arrepio na espinha de tão bom que era aquele tempo.
Integrantes fixos do bando:
André Felipe
Vinicius
Marcelinho
Juninho
João Lucas
Eu
Alice
Silvinha
Isnaia
Parentes do bando:
Natalie
Apolônia
Iure
Stilman
Marcel
Matheus

domingo, 21 de junho de 2009

Artigo de luxo.


Uma vida de princesa...

Tudo que toda mulher quer e gosta.
Mas sem exceção, aquela que diz que não se importa, tem uma enorme boca torta de tanta inveja e falar mal de quem tem!
Não é falta de consciência, ou de semancol, sentar aqui para falar de artigo de luxo. Se eu tivesse grana, é óbvio que eu estaria investindo em projetos voltados para o social, meio ambiente, coisas bem Pitt e Jolie. Mas ai já é um outro papo, também tocarei nesse assunto, mas não agora.
Artigo de luxo é exatamente tudo quilo que todo mundo quer ter, porém poucos podem ter, e esses que têm, por muitos são invejados.
Eu hoje venho falar sobre o meu. E ainda que eu esteja meramente o comparando a um produto, nada chega perto do que ele realmente tem sido a cada novo dia.
O meu artigo de luxo me envaidece de coisas que não tem preço, como elogios, carinhos, sinceridade, verdade.
Enriquece-me com cuidados, valor, incentivo, mais um pouco de carinho, e um sentimento intenso de querer bem. Não tem dinheiro no mundo pague, e todo mundo gostaria de ter um, mas vou logo dizendo, o meu precioso é raríssimo, e eu lhe darei o merecido valor, para que simplesmente seja eterno enquanto dure esse amor.