quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Saudade


Foi num dia qualquer do ano de 2004
Eu pedi pra ela acender pra mim um cigarro, ela me confessou também ter vontade de experimentar, mas não ter coragem.
Éramos nós duas iniciantes em tal ato de rebeldia, e eu nem sei o que me fez ter vontade disso, acho que foi o medo de sumir diante de tanta gente que eu não conhecia!
Ela tentou me desencorajar, naquele momento ela já não era mais a atitude toda que dizia ser, mas eu persisti, nunca havia sentido vontade disso, não podia resistir, e ela queria ver até onde eu chegaria, e se por acaso eu precisasse de ajuda, ela estaria ali para rir de mim, afinal era o nosso jogo predileto, rir uma da cara da outra, e ela era tão boa nisso. Acompanhou-me até quase em casa pra ver ascender aquele maldito, e logo na primeira sugada de fumaça, me entalei e quase morri sem ar, eu apenas lembro-me da zoada da gargalhada daquela dinossaura a me olhar... Foi tão grave aquilo que nunca mais repetir, mas hoje faria de novo se fosse para ouvi-la resmungar outra vez. Nunca ouvi alguém resmungar tanto quanto Brudino.
Daria tudo pra reencontra-la.

Não sabiamos porque essa musica representava tanto para nossa amizade, agora ela faz mais sentido.

Ando por aí querendo te encontrar
Em cada esquina paro em cada olhar
Deixo a tristeza e trago a esperança em seu lugar

Que o nosso amor pra sempre viva
Minha dádiva
Quero poder jurar que essa paixão jamais será

Palavras apenas
Palavras pequenas
Palavras

Ando por aí querendo te encontrar
Em cada esquina paro em cada olhar
Deixo a tristeza e trago a esperança em seu lugar

Que o nosso amor pra sempre viva
Minha dádiva
Quero poder jurar que essa paixão jamais será

Palavras apenas
Palavras pequenas
Palavras, momento

Palavras, palavras
Palavras, palavras
Palavras ao vento