sexta-feira, 29 de julho de 2011

Quem inventou o amor com certeza nunca amou


Contei nos dedos, mas os dedos acabaram,
Perdi as contas, mas os números são infinitos,
Quantas vezes ouvir dizer que amor é um só!
Mas se for, a minha chance acabou?
Ou eu nunca amei de verdade?
Sou ator invento histórias pra sobrepor a minha dor
Perdão, eu ainda não disse o que me afligi hoje.
Tirar sem autorização o meu poder de decisão, só estando louca eu!
O coração...
Não quero outro que me derrube desse jeito, eu nem tenho mais jeito, trejeito, e rejeito a satisfação.
Por mai que eu entenda que vale a pena ser livre e se jogar de cabeça, flutuar sem noção, eu não quero outra vez essa invasão.
Se é que me entende...
Perdi a emoção, prefiro a ingratidão do amor acomodado, que até se sente aliviado quando se encontra calado, não ter que contar mais nada, nem mesmo inventar piada, não cair mais em cilada de quem se mostra por nada.
É... Prefiro a ingratidão.
Anteceder a decepção,
Preceder a concepção.

domingo, 24 de julho de 2011


O relógio marca o tempo, a hora, os minutos,
sem exatidão corre os segundos,
e antes que eu pense...

Passou.

Passa depressa, mas sem pressa,
corre porque já foi à hora,
o tempo que espero me deixou.

Parada, pregada, dependurada estou,
na parede branca do corredor.

O ponteiro apontou um ponto pontuando minha posição,
sem ser exato porque não vejo a hora,
não sei esprar a demora.